quinta-feira, 25 de junho de 2009

Já que falamos do homem...

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, sempre afinado com o poder, construiu o alicerce de seu império servindo à ditadura militar, quando foi governador do estado da Bahia pela primeira vez. Como ministro das telecomunicações, durante o governo Sarney, ajudou a fortalecer o sistema Global de televisão. As concessões de rádio e TV eram estrategicamente distribuídas a quem fosse de seu grupo. Obviamente os Marinho retribuíram-lhe com imensa gratidão todo o esforço desprendido, poupando-o de toda a sorte notícias que pudesem prejudicá-lo. Renunciou ao mandato de senador após um escândalo que o envolvia diretamente na violação do sigilo do painel do Senado. Na ocasião, teve acesso a uma lista com os nomes dos senadores que participaram da sessão que cassou o mandato de Luiz Estevão. O coronelismo foi exercido com maestria pelo político conhecido por sua forma violenta de afirmar o poder, ficando conhecido entre os colegas parlamentares como "Toninho Malvadeza". Vítima de uma infecção generalizada que resultou em sua morte, deixou um legado de miséria e atraso que qualquer turista com olhos mais abertos pode perceber.

Um comentário:

  1. "Toninho" por personalismo, "Malvadeza" por coronelismo e o escândalo do painel por patrimonialismo. Esse painel foi traçado por Sérgio Buarque de Holanda em "Raízes do Brasil": cultura de intimidade, cabresto e mistura do público com o privado.

    ResponderExcluir