sábado, 1 de agosto de 2009

Obama e a Comissão de Verdade e Reconciliação Informal

Henry Louis Gates Jr., após viagem, chegava a sua casa. Encontrando a porta travada, tentou forçá-la para abrir. Uma vizinha, pensando tratar-se de uma tentativa de arrombamento, chamou a polícia. O sargento James Crowley, sem saber de absolutamente nada, abordou o professor de Harward, que retrucou a abordagem. Enfim, uma sucessão de equívocos, combinada com uma boa dose de falta de sorte, levou a uma polêmica racial. Uma daquelas que a imprensa simplesmente adora. O presidente Barack Obama, por ser amigo do professor, fez um comentário infeliz (pois não sabia de fato o que acontecera no evento), chamando a atitude do policial de "estúpida". Digo infeliz, pois não há como afirmarmos se houve excesso e quem o cometera. Bom, vocês devem estar se perguntando o que um assunto tão recente tem a ver com o tema do blog. É simples: a solução encontrada por Obama para resolver de forma definitiva o incidente foi similar ao trabalho das Comissões da Verdade e Reconciliação, instituídas na África do Sul, logo após o fim do apartheid, com o intuito de não deixar que o clima de revanchismo pudesse levar os sul-africanos a mais sofrimento e dor, desestabilizando o tão recente panorama democrático. As CVRs tinham o objetivo de reconciliar vítimas e agressores, dando oportunidade de diálogo em detrimento ao ódio e rancor. Assim foi resolvido um problema que, sem uma "cerveja", poderia ter prejudicado os novos ares democráticos americanos.

Eu não esqueço as Comissões de Verdade e Reconciliação. E você?

Para saber mais sobre as CVRs clique em aqui.

Um comentário:

  1. Bebendo na fonte ou não, acredito na disposição do Obama de evitar revanchismo ou qualquer outra forma de intolerância. Ponto pra ele e pros novos ares democráticos dos EUA.

    ResponderExcluir